Saúde mental

Psicóloga integra comissão do Farroupilha em preparação do time sub-19

Alice Silveira atende atletas em sessões coletivas e individuais; Tricolor do Fragata é o único do trio Bra-Far-Pel com profissional dessa área

Foto: Ederson Ávila - GAF - Agora profissional, ela havia passado pelo Nicolau Fico em 2022, ainda como estagiária

Com o time sub-19 em preparação para a disputa da Copa Pequeno Gigante, competição de base marcada para o fim deste mês em Campo Bom, o Farroupilha é o único clube do trio Bra-Far-Pel a investir na psicologia. Profissional da área, Alice Silveira, 27 anos, integra a comissão técnica. O impacto da atuação tem sido elogiado e vem ajudando a quebrar preconceitos, como ela conta ao Diário Popular

“Todos eles abraçaram meu trabalho logo de cara. Presidente, vice, técnico, preparador de goleiros, preparador físico. Eles compreenderam totalmente a importância da psicologia do esporte. É bacana ver um clube da cidade aceitando e abrindo as portas para o trabalho psicológico”, diz. 

Os agendamentos das consultas são por demanda. Quando um atleta tem interesse em atendimento, pode entrar em contato. A psicóloga acompanha as atividades da equipe e fica à disposição. Mesmo assim, há situações em que a identificação da necessidade de auxílio profissional para os jovens é feita por outros membros da comissão técnica do Farrapo. 

“A gente faz trabalhos coletivos, que são um pouquinho diferentes dos atendimentos convencionais. Falamos sobre coletividade, união, dia a dia do time como um todo. Sobre o que é fazer parte de uma equipe, competir em equipe”, complementa. Alice já havia atuado no Nicolau Fico em 2022, como estagiária, durante a Copa Francisco Noveletto. O retorno aconteceu após conversa com o coordenador da base do Tricolor, Gregory Macedo, que era treinador do time adulto há dois anos.

Quebra de estigmas 

Levantamento publicado em setembro pelo portal Trivela indica que nove dos 20 clubes da Série A do último Brasileirão não contavam com um profissional da psicologia. Mas a saúde mental vem ganhando protagonismo no meio do futebol. Recentemente viralizou na internet um vídeo em que o colombiano John Arias, do Fluminense, agradece, emocionado, à psicóloga Emily Gonçalves, no gramado do Maracanã, depois do título da Libertadores. 

“A aceitação e o feedback são muito grandes. Recebi um feedback muito bom de vários atletas dizendo o quanto tinha sido importante esse trabalho na trajetória deles. É importante ver que a gente está rumando para esse momento em que a psicologia do esporte é um dos pilares para o futebol”, exalta Alice. 

A profissional do Farroupilha, que já trabalhou com futsal e basquete em projetos pelotenses, atualmente faz pós-graduação em psicologia do esporte. Ela enxerga um avanço. “A gente vai quebrando aos poucos esse estigma de que psicologia é para louco. Psicologia é para todo mundo, para garantir saúde mental e qualidade de vida [...] Hoje em dia acho que temos uma aceitação melhor. Os clubes têm mais psicólogos do que tinham há cinco anos, por exemplo”.

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